sábado, 3 de outubro de 2015

            

               Fertlizantes de liberação controlada.

            
          Varias tecnologias tem sido testadas no milho com o objetivo de obter maior 8 economia e eficiência na utilização do nitrogênio, entre elas, o uso de fertilizantes 9 nitrogenados de liberação controlada. Para Cantarella (1993), o fornecimento inadequado de nitrogênio é considerado um 51 dos fatores mais limitantes à produção já que o elemento exerce importante função nos 52 processos bioquímicos da planta como constituinte de enzimas, coenzimas, ácido nucléico e 53 clorofila. Em condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura, a quantidade de 54 nitrogênio necessária para obtenção de altas produtividades pode ser maior que 150 kg ha-1, 55 sendo imprescindível o uso de fertilizantes nitrogenados Amado et al. (2002).
           Segundo Rambo et al. (2004) uma das dificuldades na recomendação da adubação nitrogenada é a dinâmica muito complexa do elemento no solo, sofrendo várias 58 transformações (lixiviação, volatilização, nitrificação, desnitricação, imobilização e 59 mineralização), alterando a sua disponibilidade durante o desenvolvimento da planta.  Para Fernandes et al. (2006) as perdas de nitrogênio podem ser minimizadas com a aplicação 61 parcelada dos adubos nitrogenados, resultando em um maior aproveitamento pelas plantas. 62 Raij e Cantarella (1997) recomendam o parcelamento da adubação nitrogenada, com 1 ou 2  coberturas, 25 a 30 dias após a germinação.  Qualquer que seja o fertilizante utilizado o nitrogênio está sujeito às perdas por 65 lixiviação, já que o NH4+ sofre o processo de nitrificação, transformando-se em nitrato (NO3-)( SANGOI et al, 2003). 
         Segundo Cantarella e Marcelino (2008), a lixiviação ocorre devido ao 6 predomínio de cargas elétricas negativas no solo, ocasionando baixa interação química entre o  NO3- e os minerais do solo, fazendo que o ânion percorra no perfil do solo. As condições  favoráveis à nitrificação e à lixiviação de NO3- estão presentes na maioria dos solos brasileiros durante o período de cultivo do milho na primavera-verão.    Para Mikkelsen et al. (2009) o uso de fertilizante nitrogenado de liberação controlada  pode fornecer vários benefícios, como aumento na produtividade, economia de trabalho, já que pode abolir ou diminuir o número de parcelamentos e diminuição do impacto ambiental  devido à menor lixiviação do nitrato, desde que combinado com a demanda da cultura e as  condições de desenvolvimento. Existem vários mecanismos de controle de liberação, sendo  que um deles consiste em uma capa de polímero em torno de um fertilizante solúvel  (normalmente ureia), sendo que a liberação depende das condições de umidade e temperatura.
 
Referencias para maiores informações :
 
 
AMADO, T.J.C.; MIELNICZUK, J.; AITA, C. Recomendação de adubação nitrogenada para 224 o milho no RS e SC adaptada ao uso de culturas de cobertura do solo, sob sistema de plantio 225 direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.26, n.2, p.241-248, 2002. 
 
CANTARELLA, H. Calagem e adubação do milho. In: BÜL, L.T.; CANTARELLA, H. 238 (Eds). Cultura do milho: fatores que afetam a produtividade. Piracicaba: POTAFOS, 239 1993. p.147-198.
 
FERNANDES, F.C.S. et al. Internal drainage and nitrate leaching corn-black oat-corn 265 sucession with two split nitrogen applications. Scientia Agrícola, Piracicaba, v.63, n.5, 266 p.483-492, 2006.
 
RAMBO, L.; SILVA, P.R.F.; ARGENTA, G. et al. Parâmetros da planta para aprimorar o 302 manejo da adubação nitrogenada de cobertura em milho. Ciência Rural, Santa Maria, v. 34, 303 n.5, 2004, p.1637-1645.
 
 MIKKELSEN, R.; SCHWAB, G.; RANDALL, G. O conceito 4C – Selecionando a fonte 286 certa de fertilizante. Piracicaba: IPNI, 2009 p. 13-16. (Informações Agronômicas, 128)
 
 

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